terça-feira, 29 de novembro de 2011

Da frigideira para o automóvel


Jornal do Comércio - Porto Alegre
Empresas & Negócios - MEIO AMBIENTE
Cristine Pires Fonte Oleoplan e DMLU
Segunda-feira, 13 de agosto de 2007
 
 
 O óleo que sai da sua cozinha poderá, em breve, mover caminhões, ônibus e tratores que rodam Brasil afora. O que sobra nas panelas e frigideiras serve de matéria-prima para a fabricação de biodiesel, o combustível natural que ganha força no mundo. Mas para que a iniciativa tome proporção, o primeiro passo é conscientizar as pessoas sobre a importância de guardar o óleo saturado, usado em frituras em residências, restaurantes, lanchonetes e cozinhas industriais. É só uma questão de hábito. Em pouco mais de um mês de funcionamento, foram arrecadados quase mil litros. É um volume importante para um período curto e por se tratar de um projeto que apenas começou, comemora o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, Mário Moncks. Um convênio firmado com três empresas garante o recolhimento do produto que vira biocombustível ou tem como destino resinas e sabão. A expectativa é que a participação na coleta aumente, e muito. Basta lembrar como foi o começo da coleta seletiva. Há 17 anos, quando o lixo passou a ser separado em Porto Alegre, o volume era inexpressivo. Hoje, o DMLU recolhe 60 toneladas de material seco por dia, destinadas para os 14 postos de triagem em que atuam as cooperativas de recicladores. Tanto que agora está sendo renovada a frota para atingir mais pontos da cidade. A idéia é que, se a quantidade aumentar como se espera, os próprios caminhões da coleta tenham um dispositivo para o óleo usado. Além da Capital, outros municípios gaúchos começam a adotar a prática. A Oleoplan, uma das empresas que usa o material dos postos, também recolhe em cidades da Serra. Atuamos com parcerias para estimular a coleta, diz o diretor da Oleoplan, Marcos Boff. A experiência começou em Veranópolis, onde a usina está instalada, com um caminhão recolhendo óleo dos restaurantes. O programa já atinge cidades vizinhas. Ao todo, a arrecadação espontânea gera 4 mil litros por mês. Um litro de óleo saturado gera em média 700ml de biodiesel, que pode ser obtido a partir de diferentes tipos de gorduras animais e vegetais. Podemos produzir até 900ml, mas isso depende da qualidade do óleo. Quanto mais usado, menores as condições de utilização, explica Boff. A busca de parcerias é constante. Uma das mais recentes foi firmada entre a Oleoplan e a Auxiliadora Predial, que vai recolher o produto entre os clientes da administradora. O projeto-piloto vai abranger inicialmente 36 condomínios, que totalizam 1.235 apartamentos e lojas. .O principal interesse é o de alertar os condôminos para a importância desta prática de reaproveitamento do óleo de cozinha., informa o analista de Marketing da Auxiliadora Predial, Luís Augusto Maffini. A empresa dá as instruções de como separar o óleo, e a Oleoplan recolhe o produto. Os 36 condomínios escolhidos para a primeira fase foram selecionados por integrarem o Sistema Gestão Totais, que contam com administração diferenciada. Além da Auxiliadora, DMLU e prefeitura de Veranópolis, a Oleoplan está em contato com restaurantes, universidades, hospitais, hotéis e shopping centers para fechar convênios, a fim de ampliar o Projeto Reciclagem. A estimativa é chegar à marca de 100 mil litros de óleo por mês na primeira etapa e, mais tarde, ultrapassar os 500 mil litros diários. É simples fazer a separação: basta esperar o óleo esfriar para não provocar queimaduras, tirar o excesso de água e restos de alimentos e acondicioná-lo em garrafa pet ou recipiente de vidro com tampa. Depois, é só levar o material até um dos postos de coleta de Porto Alegre.
 
Contribuição: Bárbara, Graziele, Natan, Jeisiane, Carolina, Amanda e Danilo – 2° B

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