quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Itaquaquecetuba é um município brasileiro do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da capital paulista, microrregião de Mogi das Cruzes. Conforme o IBGE a população em 2010 era de 321.854 habitantes e a área é de 81,8 km², o que resulta numa densidade demográfica de 3.935,75 hab/km². O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18°C, sendo o mês mais frio Julho (Média de 14°C) e o mais quente Fevereiro (Média de 22°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm.

Lá no município de Itaquaquecetuba, a empresa Empreiteira Pajoan Ltda, com autorização dos órgãos ambientais do estado de São Paulo, instalou em uma área de 1.000.000 m2, um aterro sanitário que recebe resíduos sólidos urbanos de nove cidades.
O empreendimento fica entre os bairros Louzada e Jardim Lucinda. Além de Itaquaquecetuba, o empreendimento da Pajoan recebe lixo de Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim.
Esse aterro sanitário privado vem há muito tempo recebendo multas (total de 83) da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), órgão que fornece as licenças prévia, de instalação e de operação de aterros sanitários. O montante correspondente as multas chega a R$ 3 milhões.
Nessa segunda-feira (25/04), acabou acontecendo o previsível. Parte do maciço do aterro sanitário desbarrancou e o aterro sanitário virou um lixão.
O desmoronamento com cerca de 150 toneladas de lixo interditou a Estrada do Ribeira .
Segundo a Cetesb, o aterro sanitário funcionava com uma licença ambiental precária desde 2009. Há quase dois anos o empreendimento foi interditado, mas a decisão foi suspensa. Representante da Pajoan informou que o aterro sanitário recebeu a autorização para funcionar porque apresenta mensalmente estudos que comprovam a segurança. E agora será que vão continuar afirmando que é seguro?
Uma parte do lixo que desbarrancou foi parar na Estrada José Sgobin, que liga alguns bairros da cidade de Itaquaquecetuba e é uma das vias de acesso até o município de Arujá.
Uma montanha de lixo interditava também a Estrada do Ribeiro na tarde de ontem. As equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal, com o auxílio de quatro escavadeiras, trabalhavam na remoção dos resíduos e na busca de possíveis vítimas.
Existe a hipótese de que o chorume das 450 mil toneladas de lixo espalhadas na Estrada do Ribeira, tenham ido parar no córrego Taboãozinho. Suas águas desembocam no Rio Paraíba, responsável pelo abastecimento da região do Vale do Paraíba.
Técnicos da Cetesb recolheram amostras d’água para avaliar se foram ou não contaminadas.
Diferente do que disseram alguns moradores do entorno do aterro sanitário, que chegaram a declarar que ocorreu uma explosão, a Cetesb acredita em um deslocamento da área, de causa ainda a ser investigada.
O encerramento do aterro sanitário da Pajoan está previsto para ocorrer quando o lixo atingir a cota de 755 metros.
O CREA-SP deve ainda se manifestar com relação a responsabilidade técnica do engenheiro titular do empreendimento.
Certamente o Ministério Público do Estado de São Paulo, via Promotoria de Meio Ambiente, vai acompanhar todos os detalhes do acidente no aterro sanitário da Empreiteira Pajoan Ltda e apurar as responsabilidades do órgão licenciador que autorizou as operações no local.

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